Dados demonstram que o brasileiro vem optando por dívidas mais inteligentes e escolhas financeiras que cabem no bolso

A força do home equity, que permite a utilização do imóvel próprio como garantia de empréstimo, é cada vez maior. No ano passado, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram concedidos 18.746 empréstimos do tipo, o que corresponde a mais de 4 bilhões de reais  uma cifra 25% superior à registrada em 2019.

Em 2021, entre janeiro e junho, o total de novos contratos chegou a 11.151 e o volume emprestado já ultrapassou os 2,3 bilhões de reais — podemos esperar, portanto, mais um recorde para este ano. Em junho, havia 95.293 contratos, somando todos os ativos, que correspondem a um saldo em carteira de 12,1 bilhões de reais.

 

 

Imóvel como garantia

O crédito com garantia de imóvel é uma ótima alternativa para quem pretende pagar dívidas, investir em um negócio, reformar, construir ou comprar um segundo imóvel  e bem mais atraente que empréstimos consignados ou universitários, por exemplo.

Como funciona? Você só precisa dispor de uma casa, apartamento, ponto comercial ou outro imóvel e oferecê-lo como garantia. A vantagem? Condições bem melhores. O imóvel serve como uma segurança para o banco de que a dívida será quitada. E vale lembrar que mesmo quem tem o nome sujo, em alguns casos, pode ter o crédito liberado.

 

Construção, aquisição ou reforma

A aquisição de bens explica 14,44% dos empréstimos, enquanto a vontade de investir justificou 12,66% das solicitações. Também houve quem recorreu ao CGI para garantir capital de giro (5,41%), quem quis abrir a própria empresa ou montar uma franquia (4,24%) e até quem resolveu se dar uma viagem de presente (0,14%).

Em junho, construções e reformas foram os motivos de 27,16% dos contratos de home equity assinados pela instituição. Outros 26,22% foram firmados para o pagamento de dívidas.

Sim, o home equity pode ser utilizado tanto para construção, aquisição ou reforma de um imóvel como para aumentar seu fluxo de caixa e até para o lazer.

É uma solução que faz com que os clientes paguem as custas cartorárias uma única vez. Mais: as taxas de juros são as menores praticadas, partindo de 0,70% ao mês + IPCA apenas sobre o valor usado na linha de crédito.

Convém explicar que o imóvel segue sendo seu e você pode continuar a utilizá-lo, seja para morar ou alugar.

 

Parcelamento em 240 vezes

Uma das facilidades oferecidas é o parcelamento em 240 vezes, o que dá 20 anos, além das menores taxas do mercado. Até 60% do valor do seu imóvel pode ser liberado como recurso e você pode escolher se quer o dinheiro depositado na sua conta ou como limite. É possível também solicitar ambos.

Para efeito de comparação, um empréstimo sem garantia, em geral, precisa ser quitado em 5 anos e envolve juros de 3%.

 

Clientes diretos, revendedores e construtoras

O home equity também pode ser adquirido via parceiros credenciados.

Para os parceiros, a instituição oferece altas comissões e um portal exclusivo no qual as propostas podem ser acompanhadas em tempo real e é possível encontrar peças de divulgação personalizáveis.

Outro público-alvo são as construtoras e as incorporadoras que costumam oferecer financiamento imobiliário por conta própria  é de praxe elas repassarem os financiamentos para um banco. 

Faltou contar que para esse público não é cobrada taxa de estruturação, que oscila entre 3 e 5%. Como estamos falando de transações vultosas, isso pode se traduzir em uma economia de milhões de reais.

Além disso,  não existe a coobrigação na compra, se o imóvel estiver alienado. A coobrigação é um acordo realizado quando um dos clientes não paga o financiamento, e quem vendeu esse financiamento assume o prejuízo junto.

 

Fonte: https://exame.com/mercado-imobiliario/home-equity-emprestimo-com-imovel-em-garantia-cresce/