No inicio de agosto, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros Selic, que hoje está a 5,25%. Em consequência disso, as principais instituições financeiras privadas do Brasil também subiram suas taxas de financiamento e crédito imobiliário, em cerca de 0,5 a 1,0 ponto porcentual, chegando perto de 8% ao ano.
Ainda assim é uma boa hora para comprar imóveis utilizando de crédito, pois vale lembrar que historicamente as taxas estiveram bem maiores nos últimos anos e que esse aumento, apesar de dificultar, ainda não impacta profundamente o poder de compra.
Se considerarmos o momento atual, podemos dizer que ainda vivemos algo interessante no mercado. É importante ter temperança e considerar todo o período dos últimos vinte anos, vale lembrar também que essa taxa de juros, que hoje está na faixa de 5%, já superou a casa dos 20%. Então, ainda é um momento bom para comprar imóvel por meio de financiamento e, apesar do aumento dos bancos, isso ainda não inviabiliza o acesso ao crédito para o consumidor que deseja comprar imóveis.
Apesar do aumento da taxa Selic e consequentemente do crédito imobiliário, o impacto está reduzido.
Alta de preços no mercado imobiliário
O preço de venda dos imóveis residenciais subiu 0,64% em julho, segundo o Índice FipeZap divulgado em agosto. Essa é a maior variação mensal desde agosto de 2014.
Para alguns especialistas, isso está relacionado à elevação dos preços dos custos da construção civil e somado ao aumento da taxa Selic, que por sua vez reflete no crédito e acarreta em maior preço final de aquisição. A Selic foi elevada como medida monetária visando conter a escalada da inflação. Eles ainda concluem que a médio prazo isso poderá refletir negativamente no mercado de crédito, em especial o imobiliário, mas por enquanto o cenário ainda é favorável para a compra de imóveis.
A inflação está subindo com força e um dos mecanismos para controle dela é o aumento da taxa Selic. Sendo assim, a decisão foi acertada, para alguns até tardia. Porém, vale destacar o fato de estarmos ainda em um patamar baixo no comparativo histórico dessas taxas no Brasil.
Lembrando que os preços dos imóveis subiram menos que a inflação e o crédito ainda é abundante e barato.
Fonte: https://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/mercado-imobiliario